
O Início 1899
Ver MaisO Início
Um dos primeiros clubes brasileiros, o Club de Cricket Victória foi fundado em 13 de maio de 1899, em uma noite chuvosa, quando os irmãos Valente, Arthur e Arthêmio, reuniram um grupo de amigos formado pelos mais representativos jovens da sociedade baiana, no casarão da família, no tradicional Corredor da Vitória, bairro nobre de Salvador, onde hoje está localizado o Edifício Casablanca. O encontro reuniu os jovens Adolfo Irineu dos Santos, Alberto Teixeira, Antônio Almeida, Antônio Guimarães, Augusto Francisco Lacerda, Carlos Carvalho, Carlos Teixeira, Herbert Filgueiras, Joaquim Costa Pinto, Joaquim Chaves, Jorge Wilcox, Juvenal Teixeira, Leobino Cavalcante, Octavio Rabelo, Pedro Almeida, Quintino Ferreira, Arthur Valente, Arthêmio Valente (primeiro presidente, eleito por aclamação) e Fernando Kock (que veio assumir a presidência 18 dias depois). Como quase todos residiam no bairro da Vitória, região nobre de Salvador, optaram pelo nome Victória, pela forte influência da língua inglesa na época e por se tratar de uma equipe de críquete, esporte muito disputado pela colônia britânica que residia em Salvador. Essa modalidade esportiva era apreciada pelos baianos da época, mas era praticada estritamente pelos ingleses, restando aos brasileiros a tarefa de buscar e repor as bolas no campo, como gandulas privilegiados. Com o intuito de combater essa discriminação, foram sugeridos nomes e cores patrióticas para o Club de Cricket Victória, como o verde e amarelo. Mas a dificuldade em encontrar tecidos nessas cores fez com que fosse escolhido inicialmente o preto e branco como as cores da agremiação. Em outubro de 1901, José Ferreira Júnior, conhecido como Zuza, retorna da Inglaterra trazendo para a Bahia a primeira bola de futebol e um livro de regras. Reúne alguns amigos que jogavam críquete e promove o primeiro “baba” registrado em Salvador, no Campo da Pólvora. Anos depois, Zuza chegou a jogar pelo Victória em partidas amistosas. Logo em 1902, o Victória adotou o futebol como modalidade, assim como o atletismo, a natação e o remo. Ainda nesse ano, a agremiação muda de nome para Sport Club Victória, pois o críquete já não era a único esporte praticado, e adota as cores vermelho e preto por sugestão do Sr. Cesar Godinho Spínola, vindo do Rio de Janeiro, que propôs a criação da seção náutica no clube. Naquele ano, os remadores do clube conseguiram um feito inesquecível, ao sair do Porto da Barra até o Porto dos Tainheiros, em Itapagipe. O fato, que teve grande repercussão na época, originou o apelido de Leões da Barra para os atletas, e mais tarde para os próprios torcedores rubro-negros.)

Primeiro Jogo 1902
Ver MaisPrimeiro Jogo
Em 13 de setembro de 1902, o Vitória realizou sua primeira partida de futebol vencendo o São Paulo Bahia Football Club por 2x0, na inauguração do Campo dos Mártires – atual Campo da Pólvora, quando foram vivamente aplaudidos, saindo de campo nos braços dos seus admiradores e "sob os beijos das ilustres senhorinhas que lá estiveram", segundo o jornal Correio do Brasil. O futebol era um esporte amador em todo o Brasil nessa época, tendo se profissionalizado apenas em 1933. Em 1905, foi fundada a Liga de Bahiana de Sports Terrestres, com quatro clubes: o Sport Clube Bahiano, o Clube Internacional de Críquete, o São Paulo Bahia Football Club e o Sport Club Victória. A primeira vitória do Leão em jogos oficiais ocorreu em 30 de abril de 1905, na disputa do 1º Campeonato Baiano, quando o Rubro-Negro goleou o Sport Club Bahiano por 4 a 0.

Primeiro Título 1908
Ver MaisPrimeiro Título
O primeiro título do Vitória no futebol foi conquistado em 1908, com 100% de aproveitamento. O ano de 1909 registrou o primeiro bicampeonato da história do clube, também conquistado no Campo do Rio Vermelho, e novamente de forma invicta. O time base rubro-negro para as duas conquistas teve a seguinte formação: Milzen, Àlvaro Tarquínio e Mário Pereira; Alberto Catharino, Adriano Porto, Noé Nunes, Armando Gordilho e Oscar Alves; Fernando Alves, Carlos Muller, e Roberto Mac Nair.

A Profissionalização do Futebol 1950
Ver MaisA Profissionalização do Futebol
A história do Vitória começou a mudar na gestão do presidente Luiz Martins Catharino Gordilho que, ao lado de Alfredo Miguel e Jorge Corrêa Ribeiro, implantou o profissionalismo no clube em 1953. O primeiro título da chamada "era profissional" do clube ocorreu em março de 1954: o Campeonato Baiano de 1953, o primeiro disputado inteiramente na Fonte Nova, inaugurada três anos antes. A conquista rubro-negra foi sacramentada com o triunfo por 3 a 0 ante o Botafogo. Juvenal, segundo maior artilheiro da história do clube com 151 gols, e Quarentinha, que mais tarde chegaria à Seleção Brasileira, faziam parte da equipe comandada pelo técnico Volante. O Leão repetiria a dose com os títulos nos anos de 1955 e 1957.

O Primeiro Bicampeonato 1964
Ver MaisO Primeiro Bicampeonato
O Esporte Clube Vitória voltou a conquistar um título após quase oito anos, já que o Campeonato Baiano de 1964 só foi conquistado em maio de 1965. Em 1966, o Rubro-Negro viria a se sagrar bicampeão baiano pela primeira vez. As conquistas do Leão foram pouco divulgadas pela imprensa devido à uma crise envolvendo o clube, a Federação Bahiana de Futebol e a imprensa. Apenas o Esporte Jornal noticiou as conquistas do Vitória.

O Melhor Vitória de Todos os Tempos? 1972
Ver MaisO Melhor Vitória de Todos os Tempos?
Apesar de apenas ter conquistado o título baiano de 1972, a década de 1970 ficou marcada pelos grandes times formados pelo Vitória. Em 1974, o Rubro-Negro orgulhava-se da linha de ataque formada por Osni, André Catimba e Mário Sérgio. Naquele ano, o Leão alcançou o quinto lugar na competição.

Campeão do Nordeste 1976
Ver MaisCampeão do Nordeste
O ano de 1976 marcou o primeiro título nordestino do clube. Ao derrotar na decisão o América-RN, o Rubro-Negro conquistou o seu primeiro título regional. O Leão, maior vencedor do torneio com cinco conquistas (1976, 1997, 1999, 2003 e 2010), venceu o jogo final por 3 a 0, gols de Geraldão (2) e Zé Júlio. A temporada também registrou maior atenção ao quadro social do clube. O processo, conduzido pelo presidente Alexi Pelágio Portela, visava garantir recursos ao clube via aumento do número de sócios via carnês, brindes e promoções, além de contratações de peso feitas pelo clube.

O Retorno ao Topo 1980
Ver MaisO Retorno ao Topo
O Esporte Clube Vitória quebrou uma sequência de títulos do rival em 1980, ao vencer na decisão o time do Galícia, por 1 a 0, gol de pênalti do lateral Paulo Maurício. Os anos subsequentes foram de vacas magras, mas o clube passou a investir no seu patrimônio.

Novo Hino 1985
Ver MaisNovo Hino
Em 1º de agosto de 1985, o clube lançou o seu novo hino oficial, de autoria do compositor Walter Queiroz Júnior. Era a campanha "Este hino vai levantar o Estádio", que pretendia arrecadar recursos para a conclusão do Barradão, que ficaria pronto em seu primeiro estágio no ano seguinte. O Vitória sagraria-se campeão estadual em 1985 sob a liderança do volante Bigu e os gols do atacante nigeriano Ricky. Ambos tornariam-se ídolos do clube.

Inauguração do Barradão 1986
Ver MaisInauguração do Barradão
Em 11 de novembro de 1986, o Estádio Manoel Barradas é inaugurado, como resultado final do projeto do Complexo Esportivo da Toca do Leão. A partida inaugural, um amistoso entre Vitória e Santos, que empataram em 1 a 1. O baiano Dino marcou o primeiro gol do estádio e abriu o placar para a equipe paulista. Heider, de pênalti, deixou tudo igual e anotou o primeiro tento rubro-negro na sua nova casa. Nesses primeiros anos de vida, o Estádio Manoel Barradas quase não era utilizado, nem mesmo para amistosos. Reinaugurado em 1991, em novo empate por 1 a 1 contra o Olimpia-PAR, o clube ainda dependia dos jogos na Fonte Nova, com o argumento de que a iluminação do Manoel Barradas impedia partidas que começassem após as 15 horas. Posteriormente, em 1994, acontece a implantação do sistema de iluminação do Estádio Manoel Barradas e a sua ampliação, habilitando definitivamente o Barradão a receber qualquer partida de futebol e se consolidando, de vez, como estádio. O clube combateu duramente a resistência de muitos em aceitarem o campo como oficial do Vitória, e a partir de 1995, finalmente, estabeleceu o Barradão como grande símbolo de mudança na história do futebol nordestino. Desse momento em diante, só deu Vitória.

Consolidação Rubo-Negra 1990
Ver MaisConsolidação Rubo-Negra
O Esporte Clube Vitória voltou a conquistar um título após quase oito anos, já que o Campeonato Baiano de 1964 só foi conquistado em maio de 1965. Em 1966, o Rubro-Negro viria a se sagrar bicampeão baiano pela primeira vez. As conquistas do Leão foram pouco divulgadas pela imprensa devido à uma crise envolvendo o clube, a Federação Bahiana de Futebol e a imprensa. Apenas o Esporte Jornal noticiou as conquistas do Vitória.

O Brinquedo Assassino 1993
Ver MaisO Brinquedo Assassino
Com um elenco que mesclava garra e juventude, o Rubro-Negro fez um Campeonato Brasileiro memorável, superando times como Flamengo, Santos e Corinthians no caminho. A equipe, comandada pelo treinador Fito Neves, tinha média de idade que beirava os 20 anos, e recebeu o apelido de Brinquedo Assassino. O Leão chegou à final contra o Palmeiras (cuja equipe abasteceu a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1994), que acabaria vencendo também o Brasileirão de 94. Independente do revés na final, a equipe é lembrada até hoje com reverência pela torcida. Escalação do primeiro jogo na final: Dida; Rodrigo, João Marcelo, China e Renato Martins; Gil Sergipano, Paulo Isidoro, Alex Alves e Roberto Cavalo; Pichetti e Claudinho. Mais de 77 mil torcedores compareceram à Fonte Nova na ocasião. O goleiro Dida, o lateral-esquerdo Júnior e o volante Vampeta, todos da mesma geração e revelados na Toca, venceram a Copa do Mundo pelo Brasil em 2002.

Tricampeão Estadual 1997
Ver MaisTricampeão Estadual
O ano de 1997 é considerado dourado para o Esporte Clube Vitória. O Leão conquistou na oportunidade o primeiro tricampeonato estadual de sua história, além da Copa do Nordeste, derrotando o rival Bahia em ambas as finais. A temporada ficou marcada pelos altos investimentos feitos pelo clube, com a aquisição de estrelas como Bebeto, Túlio, Petkovic, Chiquinho e Russo.

100 Anos de Vitória 1999
Ver Mais100 Anos de Vitória
Na comemoração do seu centenário o Vitória sagrou-se novamente campeão do Nordeste e teve bela participação no Campeonato Brasileiro de 1999, quando foi 3º colocado. Depois de passar pelo Vasco nas quartas de final, com direito a um 5 x 4 inesquecível, considerado por muitos o melhor jogo da história do Barradão, perdeu a semifinal para o Atlético-MG, sendo eliminado na última e decisiva partida. A equipe, comandada por Toninho Cerezo, tinha como time base: Fábio Costa, Rodrigo, Flávio, Eloi e Leandrinho, Baiano, Fernando, Artur e Preto Casagrande; Cláudio e Tuta. Para fechar bem o século, o rubro negro conquista o Campeonato Baiano de 2000.

Leão Hegemônico 2000
Ver MaisLeão Hegemônico
Na primeira década do século 21, o Esporte Clube Vitória se firma como o clube brasileiro com o maior número de títulos estaduais e regionais. Apenas em 2001 o Vitória não conquistou nenhum troféu. Foram oito títulos baianos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2009 e 2010. O clube ainda levantou as taças da Copa do Nordeste em 2003 e 2010.

Finalista da Copa do Brasil 2010
Ver MaisFinalista da Copa do Brasil
O Vitória mais uma vez alcançou a final de uma competição nacional. Na Copa do Brasil, o Leão eliminou equipes como Goiás, Vasco e Atlético-GO antes da decisão contra o Santos. O Vitória perdeu na Vila Belmiro por 2 a 0 e venceu no Barradão por 2 a 1. Time base: Viáfara, Nino Paraíba, Wallace, Anderson Martins e Egídio; Vanderson, Ueliton, Bida e Ramon; Elkeson e Júnior. Técnico: Ricardo Silva.

Campeão do Brasil Sub-20 2010
Ver MaisCampeão do Brasil Sub-20
A #FábricaDeTalentos conquistou a Copa do Brasil Sub-20 em decisão emocionante contra o Atlético-MG. No primeiro jogo, em um Barradão lotado, o Rubro-Negro goleou a equipe mineira por 4 a 1 e garantiu o título na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG), mesmo com o revés por 2 a 1. O gol do título rubro-negro foi marcado por José Welison. A equipe baiana era comandada por Carlos Amadeu, atual treinador da Seleção Brasileira Sub-17.

#FONTENOSSA 2013
Ver Mais#FONTENOSSA
No jogo de inauguração da Arena Fonte Nova, o Vitória aplicou um inesquecível 5 a 1 sobre o maior rival, e outro acachapante 7 a 3 no primeiro jogo final, para coroar de forma memorável a conquista de mais um Campeonato Baiano. No Campeonato Brasileiro do mesmo ano, o Rubro-Negro realizou a melhor campanha de uma equipe nordestina na era dos pontos corridos do Brasileirão. O Leão alcançou o quinto lugar.

O Ano da Base 2015
Ver MaisO Ano da Base
A #FábricaDeTalentos do Vitória teve trajetória incrível na temporada 2015. O Rubro-Negro conquistou a tríplice coroa estadual ao levantar as taças das categorias sub-15, sub-17 e sub-20, sagrou-se campeão da primeira Copa do Nordeste Sub-20 e também da primeira Copa do Brasil Sub-17. O Leão ainda foi vice-campeão brasileiro sub-20. O ano de 2015 também marcou o retorno do Vitória à elite do futebol brasileiro. No jogo final contra o Luverdense, a torcida rubro-negra quebrou o recorde de público da praça esportiva em jogos entre clubes, com 41.379 pagantes.

O Campeão Voltou 2016
Ver MaisO Campeão Voltou
Após três anos de raro jejum na "Era Barradão" o Vitória voltou a conquistar o Campeonato Baiano em 2016. Na decisão, o Leão venceu o Bahia no Santuário por 2 a 0, e, apesar da derrota por 1 a 0 no jogo da volta, na Arena Fonte Nova, fez a festa da Nação Rubro-Negra.